Conheça os finalistas da Inclusão de Pessoas com Deficiência do 2º Prêmio Fundação Grupo VW

Os projetos Moradia Independente (RJ) e Rodas Mágicas (SP) são finalistas do prêmio FGVW e concorrem ao patrocínio de R$ 100 mil

Estamos chegando na reta final do 2º Prêmio Fundação Grupo Volkswagen! Todos os finalistas estão participando do Programa de Aceleração desde o mês de agosto até o início de novembro, com o objetivo de aprimorar seus projetos e fortalecer sua atuação. Amanhã, dia 5 de novembro, será realizada a apresentação virtual dos projetos a uma banca julgadora, para escolha e premiação de três organizações sociais, que receberão patrocínio de R$ 100 mil cada uma.

Além disso, ao longo de 2022, elas terão suas ações acompanhadas pela Fundação e a Yunus Corporate, unidade de inovação social corporativa da Yunus Negócios Sociais, com foco em seu desenvolvimento institucional. Conheça abaixo os projetos finalistas na causa da inclusão de pessoas com deficiência, que estão concorrendo à premiação final (em ordem alfabética):

Projeto Moradia Independente: inovação, cidadania e inclusão para pessoas com deficiência intelectual

Criada pelo Instituto JNG, do Rio de Janeiro (RJ), a iniciativa atua na inclusão social de pessoas com deficiência intelectual por meio do desenvolvimento, assessoramento, planejamento e gerenciamento de projetos, como o nome diz, de moradias independentes. Ou seja, viabilizar a possibilidade de as pessoas poderem morar sozinhas, com autonomia e, ao menos tempo, com apoio individualizado. Uma solução inédita no Brasil.

A moradia independente para pessoas com deficiência intelectual já é uma realidade em muitos países. No Brasil ainda não existe essa opção, apesar de prevista na Lei Brasileira de Inclusão. O modelo do Instituto JNG tem como referência a  Ability Housing, organização britânica com 30 anos de existência que gerencia mais de 700 moradias independentes.

A pessoa com deficiência cognitiva pode morar sozinha, ou com alguém de sua escolha, desde que tenha o cuidado e o apoio personalizado para dar conta das tarefas rotineiras. Esse suporte é dado por uma equipe de profissionais especializados, durante algumas horas e para tarefas específicas, levando em consideração suas habilidades e necessidades.

“Para as pessoas com deficiência, assim como para qualquer pessoa, a perspectiva de  ter  sua  própria  moradia  deveria  ser  inerente  ao  processo  de  transição  para  a  fase adulta da vida, de forma digna e com o máximo de autonomia e independência possível. Quando dizemos morar sozinho, significa que a pessoa vai poder escolher com quem ela mora, não que vai ficar solitário, triste e desamparado.”, comenta Flavia Poppe, diretora e fundadora do Instituto JNG.

O Instituto JNG foi criado em 2013 para influenciar o debate sobre modelos alternativos de moradias para a vida independente. A instituição, que tem sede na capital fluminense, foi criada com o objetivo de identificar, promover, coordenar e executar projetos de inclusão social que desenvolvam a autonomia e a criação de moradias independentes para pessoas com deficiência intelectual. A iniciativa é fruto da preocupação de mães de jovens com deficiência intelectual que, ao se confrontarem com o fim da fase escolar e os desafios que se apresentavam, decidiram buscar alternativas para a inclusão social de jovens adultos.

“Precisamos romper barreiras e desmistificar preconceitos a respeito das pessoas com deficiência cognitiva. A moradia independente enxerga a pessoa antes da deficiência. É importante ouvi-la, escutar seus desejos, seus gostos, dar a oportunidade para que ela decida algo sobre a  própria vida, reduzir as barreiras que impedem que ela participe da vida em sociedade. O jovem com deficiência intelectual não é diferente e esse é um passo importante para sua inclusão de fato na sociedade em que vivemos.”, finaliza Flavia Poppe, diretora e fundadora do Instituto JNG.

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Projeto Rodas Mágicas

O projeto é uma iniciativa da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), de São Paulo (SP), e fomenta o empreendedorismo e a geração de renda para atletas com deficiência que possuem expertise técnica no conserto e manutenção de cadeiras de rodas. Além da geração de emprego para pessoas com deficiência na oficina, o Rodas Mágicas busca suprir uma necessidade de oferta especializada desse tipo de serviço – ainda escassa na localidade em que a organização se encontra.

“O programa de aceleração e mentoria da Fundação, em parceria com a Yunus, elevou o nosso projeto para uma nova fase. Nos sentimos totalmente preparados para sair da fase piloto e partir para a implantação do nosso negócio de impacto social”, ressalta Eliane Miada, fundadora e administradora da ADD.

A Associação Desportiva para Deficientes (ADD) é uma instituição sem fins lucrativos que foi fundada pelo professor de educação física, Steven Dubner, e pela administradora, Eliane Miada, em 1996, no intuito de valorizar os talentos e capacidades das pessoas com deficiência. Dentro de sua filosofia de trabalho, desenvolve projetos que facilitem o processo de integração e inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, por meio de práticas esportivas adaptadas, apoio educacional e cursos de capacitação.

Por meio do patrocínio de diversas empresas, que contribuem de forma institucional ou por leis de incentivo, a ADD desenvolve as modalidades competitivas de basquete em cadeira de rodas e atletismo, além de apoiar atletas de ciclismo. A instituição também atua de forma pioneira na educação esportiva para crianças com deficiência desde 2001, iniciativa que culminou na criação da ADD Escola de Esporte Adaptado em 2010. Em 18 anos de atividades, a ADD atendeu milhares de pessoas com deficiência direta e indiretamente.

“O esporte pra gente é uma ferramenta de inclusão, as pessoas saem das suas casas, elas conhecem o esporte e a partir do esporte elas começam a se motivar pra vida. ADD é a Associação Desportiva para Deficientes. ADD vem do inglês, add de adicionar, de somar, então a gente acha que se cada um fizer uma parte, a gente consegue construir um todo.” finaliza Eliane Miada, fundadora e gestora da associação.

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Sobre o 2º Prêmio Fundação Grupo Volkswagen 

O 2º Prêmio Fundação Grupo Volkswagen tem como objetivo apoiar organizações sociais, sem fins lucrativos, que estão desenvolvendo tecnologias sociais com o objetivo de fortalecer produtos e projetos que possuam soluções para problemas nas causas da Mobilidade Urbana, Mobilidade Social e Inclusão de Pessoas com Deficiência. A premiação busca estimular o fortalecimento de projetos de impacto social, que são desenvolvidos a partir da expertise de Organizações Sociais sem fins lucrativos, por meio de atividades de capacitação, mentorias, consultoria customizada e criação de redes.

Os critérios de seleção do prêmio, incluíram escopo e maturidade da solução, sustentabilidade financeira e potencial de impacto, bem como o incentivo à diversidade, tanto da equipe responsável pela organização quanto do público-alvo dos projetos inscritos. As organizações sociais classificadas como finalistas foram divididas em três causas de atuação da Fundação: mobilidade urbana, mobilidade social e inclusão de pessoas com deficiência.
Para mais detalhes, acesse a página da premiação no site da Fundação Grupo VW.