Toda criança tem o direito de brincar. Esse princípio segue orientando o projeto Brincar no ano de 2018, em que estão previstas diversas ações nas escolas de educação infantil que facilitem e colaborem para a concretização desse direito. O principal objetivo deste projeto é contribuir para o fortalecimento da qualidade da educação infantil oferecida a todas as crianças, com e sem deficiência, em uma perspectiva acessível e inclusiva.
Atualmente, o Projeto Brincar é realizado em 13 escolas, que reúnem mais de 6 mil alunos da rede municipal de ensino de São Paulo – muitos deles têm diferentes tipos de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades/superdotação.
A iniciativa é da Fundação Volkswagen, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP) e com a OSCIP Mais Diferenças. As ações acontecem em articulação com as áreas de Educação Infantil e Educação Especial da SME-SP e das 13 Diretorias Regionais de Educação (DREs).
Como o Brincar acontece
O projeto tem mobilizado profissionais das escolas e famílias em torno da importância do brincar para todos, por meio de ações de formação e acompanhamento das práticas pedagógicas, mobilização e oficinas junto à comunidade escolar.
As DREs e as escolas participantes do Brincar receberam kits de recursos pedagógicos compostos por brinquedos e jogos para todos, livros referenciais para educadores bem como livros e filmes infantis em diferentes formatos acessíveis. O intuito é que o material ajude as escolas a fortalecer práticas pedagógicas inclusivas e a equiparação de oportunidades.
Segundo Silvana Lucena dos Santos Drago, diretora da Divisão de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, o diferencial do projeto é contribuir para que todos aprendam juntos. “Pensar em inclusão é pensar em todos os envolvidos com a criança na escola. O Brincar constrói uma perspectiva bastante significativa para professores e famílias que, além de receber informação, também vivenciam atividades e experiências inclusivas”, explica Silvana.
Em 2018, o planejamento do projeto Brincar seguirá articulado às prioridades e demandas da SME-SP, DREs e escolas. O projeto prevê a sistematização das experiências com os profissionais das escolas envolvidas e a criação de espaços de intercâmbio entre os profissionais da SME-SP.
O compartilhamento de experiências também faz parte da iniciativa. “Esperamos transformar em prática o que temos visto e planejado na teoria, envolvendo todos em torno do brincar inclusivo; e, além disso, colocar as próprias escolas em contato umas com as outras para compartilhamento de ideias”, afirma Christiane Franklin Moreira de Freitas, da Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.